Marcelo Ádams

Marcelo Ádams

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Em Caxias do Sul

Durante dois finais de semana (19, 20, 26 e 27 de junho) estive em Caxias do Sul ministrando uma oficina de Análise e Interpretação do Texto Teatral. Essa atividade faz parte do Projeto Semear e Colher, uma parceria das prefeituras, Ieacen e Funarte, que leva a cinco cidades do interior do RS oficinas práticas e teóricas de teatro e dança. A foto aí de cima é da minha turma, composta por gente muito interessada em teatro, curiosos, entusiasmados, a maioria deles atuando em grupos de Caxias do Sul. Foi muito bom, acredito que todos tenham aproveitado bem esses encontros. Nos próximos meses irei a Rosário do Sul, Osório e Cruz Alta.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Céu de Zoé

Na imagem estão Zoé Degani, a artista plástica responsável pela obra "Céu", localizada nos pilares do Viaduto Imperatriz Leopoldina, na Avenida João Pessoa, Centro de Porto Alegre. Junto dela, Electra, aquela linda cadela que a Zoé trata como filha. Não encontrei, por mais que procurasse, uma imagem de rosto da Zoé para colocar aqui. Mas vou tentar. A Zoé é a nossa cenógrafa em A lição, a nova peça da Cia. de Teatro ao Quadrado, que estreará em 15 de outubro no Teatro de Arena. Dê uma passadinha pelo Céu da Zoé e veja que lindo é.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

200ª postagem

Étienne Decroux (1898-1991) foi um grande ator e mímico francês, criador da técnica da Mímica Corporal, e que escreve em seu livro Paroles sur le mime (1963):
quanto menos técnica se possui, mais ela aparece.
Essa frase paradoxal parece resumir bem a humildade necessária ao artista. Mais que necessária, acho indispensável. Quantas vezes já não vimos intérpretes pavoneando-se, soterrados em suas carreiras de pretensos êxitos, sufocados pela crença de possuírem uma técnica infalível e insuperável. Exibicionistas que não compreendem alguns pressupostos básicos do fazer teatral. Quanto mais se procura afirmar a perfeição, mais ela escapa entre os dedos; quanto mais nos convencemos de que somos eternos aprendizes, mais nos direcionamos para a perfeição, conceitualmente inatingível, mas que nem por isso deve deixar de ser perseguida. Sócrates, alguns séculos antes de Cristo, afirmou "só sei que nada sei". Sintética e exemplar afirmação.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A lição

Hoje aconteceu o primeiro encontro de produção, elenco e equipe técnica da nova produção da Cia. de Teatro ao Quadrado. No dia 15 de outubro, estrearemos A lição, texto seminal do Teatro do Absurdo, escrito pelo romeno Eugène Ionesco (esse aí de cima) em 1950. A lição divide com A cantora careca o pódio de primeiras peças do Teatro do Absurdo, o mais importante movimento dramatúrgico do século XX, e que influenciou, direta ou indiretamente, tudo que se escreveu depois, em teatro. Estiveram aqui em casa a grande Zoé Degani, cenógrafa loucamente genial (ou genialmente louca?), o Oly Jr. que comporá nossa trilha sonora (o Oly recebeu três prêmios Açorianos neste ano, Melhor Compositor, Melhor Intérprete e Melhor Disco de Blues/Jazz), a Luísa Herter, que dividirá o palco comigo, e obviamente a Margarida, que dirigirá o espetáculo, que recebeu o Prêmio de Incentivo à Pesquisa Teatral do Teatro de Arena.
Estamos muito empolgados e felizes com as possibilidades que se abrem para esse trabalho. Certamente será um espetáculo delicioso, para nós e para o público.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mães & Sogras estreia hoje



De 18 de junho a 4 de julho no Teatro de Câmara Túlio Piva.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mães & Sogras no Teatro de Câmara


Mães & Sogras no Teatro de Câmara Túlio Piva, de 18 de junho a 4 de julho, sextas e sábados às 21 horas e domingos às 20 horas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mães & Sogras na Univates


Voltaremos a apresentar um espetáculo da Cia. de Teatro ao Quadrado na Univates, em Lajeado, nesta terça-feira, dia 15 de junho, às 19h30min. Mães & Sogras fará sua primeira viagem para fora de Porto Alegre, e esta apresentação também é especial porque será a primeira com a Luísa Herter no elenco, que está entrando para interpretar a Jussara, empregada da protagonista Bella Molodóvski.
Já apresentei outros três espetáculos na Univates, sempre a convite da Ana Lúcia Pretto, uma querida amiga que sempre prestigia nossos trabalhos, e que é funcionária daquela universidade. Já levamos para aquele público tão efusivo O homem e a mancha, Goela abaixo ou Por que tu não bebes? e O médico à força.
É muito bom voltar para onde somos tão bem tratados!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Oficinas do Projeto Semear e Colher Ieacen/Sedac/Funarte


Vou ministrar oficinas de Análise e Interpretação do Texto Teatral, dentro do Projeto Semear e Colher, formatado pelo Ieacen, com apoio da Funarte e das prefeituras das cidades onde ocorrerão. Serão quatro cidades do interior do RS, reconhecidas por seu empenho em promover a cultura através dos órgãos públicos, e que receberão oficineiros de áreas como Dramaturgia, Interpretação, Cenografia, Figurino e Produção teatral. As minhas oficinas terão a duração de 24 horas em cada cidade (Caxias do Sul, Capão da Canoa, Rosário do Sul e Cruz Alta), e será uma bela oportunidade de trocar conhecimentos com alunos que, certamente, estarão ávidos por isso. Ao longo de todo o ano de 2010, essas cidades receberão profissionais como Sandra Loureiro, Rodrigo Lopes, Rô Cortinhas, Sílvia Wolff, Helquer Paez, Malu Rocha e Cláudia de Bem, além de mim, com o objetivo de qualificar profissionais e amadores de teatro. É um belo projeto, parabéns ao Ieacen!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Léo Ferlauto, meu parceiro musical

Na última edição do Prêmio Açorianos de Música, o Léo Ferlauto venceu dois troféus, na categoria pop rock: Disco do Ano (para Simples_ mente) e Melhor Compositor. O Léo trabalha com música desde os anos 1970, e a partir de 1980 fez muitas trilhas sonoras para teatro, com os maiores diretores da época. Em 1983 lançou o Lp Sonho Solto, álbum que é uma das referências da cena musical oitentista porto-alegrense. Ainda na década de 1980 participou do grupo Os Fabulosos Irmãos Brothers, junto com Mutuca, Careca da Silva e o saudoso Chaminé.
Com esse histórico maravilhoso, o Léo é uma referência musical em Porto Alegre, e foi por esse motivo que fiquei tão surpreso e feliz com o convite que ele me fez: ele foi assistir o espetáculo que dirigi, Mães & Sogras, onde além de encenador sou responsável pelas letras das canções que são executadas ao vivo no bandolim de Rafael Ferrari (que musicou minhas palavras). O Léo adorou minhas letras, e me propôs uma parceria, onde eu escreveria as letras e ele as musicaria. Na mesma noite em que ele me fez a provocação, escrevi três letras e as enviei para ele. Hoje à tarde fui com a Margarida na casa do Léo, no bairro Floresta, e ele mostrou as três canções musicadas: são lindas. Descobri um talento insuspeito em mim mesmo, e estou empolgado para produzir mais.
Não posso colocar aqui a música do Léo, mas a letra eu coloco. Essa é uma das minhas composições:

VINDE A MIM

(Marcelo Adams)

Você é uma pedra macia

Onde eu me ergo

Você é como água fria

Onde me deleito


Você é a mão vazia

Onde eu me alimento

Você é uma cama esguia

Onde eu me deito


O quente bafo da tua boca

Embaça os vidros da minha alma

No chão eu vejo tua roupa

E o quarto todo é uma sauna


Vinde a mim

Vinde a mim

Vida minha

Vinha


Vinde a mim

Vinde a mim

Minha diva

Me dá

Volta a cartaz Mães & Sogras


Mães & Sogras fará nova temporada, de 18 de junho a 4 de julho, no Teatro de Câmara Túlio Piva, sextas e sábados às 21h e domingos às 20h. É a oportunidade para conferir esse espetáculo que muito me deixa feliz, como diretor. Na foto, a Luísa Herter, junto comigo e a Margarida (maquiada como Bella), no camarim do Theatro São Pedro, na estreia da peça. A Luísa, que é uma ótima atriz, está entrando no elenco, após a saída da Claudia, que engravidou e não poderá continuar conosco.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Através da lente


Fotos do Júlio Appel, de Bodas de sangue.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O teatro de Marcelo

Eu estava lendo o blog do Luiz Carlos Pretto, onde ele sonha com a aquisição de um teatro próprio, para poder produzir em paz e com tranquilidade (?) durante o ano todo, sem preocupações com editais, espaços de ensaios, etc. Ele cita ainda, a alegria de grupos como Ói Nóis, Stravaganza, que possume seu próprio espaço. Quero dizer ao Pretto que também tenho meu teatro, construído bem antes desses acima citados. A seguir, uma descrição:
O teatro de Marcelo é um teatro construído na Roma Antiga, ainda parcialmente conservado, alçado por vontade de Júlio César na zona meridional do Campo de Marte conhecida como Circo Flamínio, entre o rio Tibre e o Capitólio. Foi assim baptizado em memória de Marco Cláudio Marcelo, filho de Octávia, irmã de Augusto, e Caio Cláudio Marcelo. Marco Marcelo morreu cinco anos antes da conclusão do edifício.
Júlio César projectou a construção de um teatro destinado a rivalizar com aquele construído no Campo Marzio por Pompeu. Assim, esta área é arrasada, chegando-se mesmo a destruir alguns edifícios sacros, como um templo dedicado à Piedade (Pietas). Quando César foi assassinato, estavam apenas içadas as fundações; os trabalhos foram continuados por Augusto, que empregou o seu próprio dinheiro para arrasar uma área ainda mais vasta e alçar um edifício de dimensões maiores das originalmente previstas. Este alargamento comportou provavelmente a ocupação de uma parte do Circo Flamínio e a realocação e reconstrução dos edifícios sacros circundantes, como o antigo templo de Apolo.
Atualização relevante: a foto acima registra minha visita, finalmente, ao belo Teatro de Marcelo, em Roma, no dia 9 de fevereiro de 2020, junto com a Margarida. Dez anos antes, em 2010, quando fiz esta postagem, nem imaginava quando chegaria o momento de me deparar pessoalmente com esse lindo edifício. Que bom que tive essa oportunidade!