Marcelo Ádams

Marcelo Ádams

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Meu aniversário


No dia 23 de outubro fiz aniversário, e a Margarida e os nossos alunos resolveram fazer um churrascão pra comemorar. Foi uma noite muito legal, só com pessoas felizes e querendo se divertir. Graças ao meu homônimo Marcello, que cedeu a casa em Ipanema, pudemos comemorar até de manhã. Eu e a Margarida fomos embora depois das 6h! Na foto, meu bolo de aniversário, decorado com a alcunha que recebi do pessoal (calma, é só porque eu criei as personagens que eles interpretam na peça que estreará em dezembro). A partir da esquerda, alguns dos que estiveram lá: Margarida, Edgar, Luís, Roberto, Daiana, Silvana, Lorenzo e Mafalda.

domingo, 25 de outubro de 2009

Coisas e loisas


Aproveito o título de uma peça curta de Samuel Beckett para dizer que tenho trabalhado bastante nos últimos dias e semanas. Os ensaios do novo espetáculo do Roberto Oliveira, que estreará em janeiro de 2010, Solos trágicos, têm sido bastante intensos. Nos encontramos diariamente, de segunda a sexta, e em sábados alternados. Além dos ensaios, estou finalizando meu projeto de doutorado, que entregarei até dia 30 de outubro.
Nesse meio tempo, dirigi e atuei numa leitura dramática do texto O casal ou Por que você não disse que amava?, de Vera Karam, e apresentei algumas cenas da Antígona de Sófocles, dirigidas pelo Luciano Alabarse, junto com a Vika Schabbach e a Luísa Herter, em um evento no Tribunal Regional Federal. Antes disso, entreguei o texto final da nova peça que escrevi para os 25 alunos do curso de teatro da Margarida. O resultado, Toda forma de amor, poderá ser visto nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, às 20h, no Teatro da Cia. de Arte (Andradas, 1780).
Para arrematar, na segunda quinzena de novembro começarei os ensaios do novo espetáculo da Cia. de Teatro ao Quadrado, Mães e sogras, em que dirigirei quatro atrizes que me darão muitas alegrias durante o processo: Margarida Leoni Peixoto, Naiara Harry, Cláudia Lewis e Carla Gasperin. É muito bom trabalhar no que se gosta!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Amanhã tem leitura dramática


Amanhã é o dia de nossa leitura dramática de O casal ou você nunca disse que em amava, último texto teatral escrito por Vera Karam. A direção é minha, e atuo ao lado da Margarida Leoni Peixoto, com quem formo também um casal, na vida real. Minha ideia é brincar com essa situação metaliguística. Vão lá assistir, o texto é muito engraçado, mas ao mesmo tempo melancólico, típico da Vera. É também uma data muito especial, pois no dia 20 de outubro Vera estaria completando 50 anos. Depois da leitura, Luciano Alabarse vai falar sobre sua convivênia com a autora, com quem trabalhou no início dos anos 1980, ela como atriz. Entrada franca!

domingo, 18 de outubro de 2009

Uma imagem de alegria


Encontrei essa foto, clicada no dia da entrega do Prêmio Açorianos aos melhores do teatro e da dança em 2008, em abril deste ano. Na imagem, pela ordem, Thales de Oliveira, Anna Fuão, Daniel Colin, Luísa Herter, Cláudia Lewis, eu, Alice Urbim e o prefeito José Fogaça, ouvindo atentos às palavras da Margarida, ao receber o Troféu RBS Cultura de Melhor Espetáculo pelo Júri popular, por O médico à força. Foi um momento de muita alegria para nós todos!

sábado, 17 de outubro de 2009

Sacra folia, algumas imagens



A Margarida tirou essas fotos durante apresentação na Usina do Gasômetro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vera Karam: uma paixão no palco


Semana que vem acontecerá uma homenagem à nossa grande dramaturga Vera Karam, que deixou nossos palcos órfãos no dia 1º de janeiro de 2003. No próximo dia 20 de outubro, Vera completaria 50 anos, e sua morte tão precoce deixou a todos nós que admirávamos sua escrita pensando: se até os 43 anos, idade em que morreu, Vera escreveu tão bem, o que poderíamos esperar de sua maturidade criativa? Certamente grandes textos. Fica a saudade e a frustração de não poder conviver mais tempo com essa grande mulher de teatro (que também foi atriz, no começo dos anos 1980). A Coordenação de Artes Cênicas produziu essa homenagem que ocupará a Sala Álvaro Moreyra por quatro dias, e o saguão do Centro Municipal de Cultura, por um mês.

Leia abaixo a programação completa:


A boca: sempre vermelha. A língua: sempre afiada. Veludo veloz.


PROGRAMAÇÃO:


De 19 de outubro a 16 de novembro - Exposição Vera Karam, no saguão do Centro Municipal de Cultura (Av. Erico Veríssimo, 307)

De 19 a 22 de outubro - Leituras, debates e espetáculo na Sala Álvaro Moreyra (Av. Erico Veríssimo, 307)


dia 19/10 (segunda-feira) - 19h30

Visita à vovó - leitura dramática do conto, com Raquel Pilger.

A florista e o visitante - leitura dramática com Carlos Cunha Filho e Laura Backes.

Ambas as leituras dirigidas por Fernando Ochôa

MESA REDONDA

• Narrativas curtas - com o professor e escritor Luiz Antônio de Assis Brasil

• Dramaturgia – com o diretor Decio Antunes



dia 20/10 (terça-feira)- 19h30

O casal ou você nunca disse que me amava - leitura dramática com direção de Marcelo Adams. No elenco, o diretor e Margarida Leoni Peixoto.

MESA REDONDA

• A obra e a convivência pessoal com a autora - com o diretor Luciano Alabarse



dia 21/10 (quarta-feira)- 19h30

Dá licença, por favor? - leitura dramática com Lurdes Eloy e Carlos Cunha Filho e direção de Decio Antunes.

Quem sabe a gente continua amanhã? – leitura dramática dirigida por Maurício Guzinski, com as atrizes Clarice Nejar, Giovana Zottis e Mariana Vellinho, do Grupo Experimental de Teatro da CAC/SMC.



dia 22/10 (quinta-feira) - 19h30

Maldito coração, me alegra que tu sofras - Apresentação do espetáculo dirigido por Mauro Soares e interpretado por Ida Celina, há anos em cartaz.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bastardos inglórios


Um filme de Quentin Tarantino é sempre aguardado como um banho de excelente cinema. Usando como matéria prima muito da cultura pop, misturada a referências do cinema, seus filmes são fascinantes também pela "releitura" de gêneros que faz. Foi assim com os filmes de roubo, como Cães de aluguel, os de artes marciais e vingança, com Kill Bill volume 1 e Kill Bill volume 2, e agora com os filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, com Bastardos inglórios. Como sempre, o elenco é excelente, e traz um ator que anda meio apagado: neste caso, Mike Myers (de Austin Powers), em um papel pequeno, é verdade. Já li que este é considerado um filme mais maduro de Tarantino, e concordo com isso. Apesar de tudo aquilo que esperamos de suas produções estar lá (a violência muitas vezes explícita, o humor nonsense, os diálogos perfeitos, as personagens surpreendentes), desta vez há algo mais. Na falta de uma melhor palavra, vou me juntar aos críticos e chamar de maturidade. Há algumas sequências realmente brilhantes, especialmente as passadas na noite de estreia do filme. O sotaque texano-italiano de Brad Pitt é hilariante. Imperdível.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Solos trágicos


Estou bastante motivado com um novo trabalho que iniciei nesta semana. O espetáculo Solos trágicos, que está sendo dirigido por Roberto Oliveira, com estreia prevista para dezembro, é uma reunião de fragmentos de alguns dos textos trágicos mais importantes da história da dramaturgia ocidental. Sófocles, Eurípides, Shakespeare, Strindberg, Nélson Rodrigues, Heiner Müller, são alguns dos autores que guiarão nosso trabalho. Roberto Oliveira é um diretor que sempre me surpreendeu com suas encenações: Boca de ouro, Auto da Compadecida, O pagador de promessasDr. QS- Quriozas Qomédias são espetáculos inesquecíveis para mim, entre os tantos que ele dirigiu. Desta vez, volto a um gênero que me apaixona: a tragédia. Desde a primeira vez que li uma tragédia grega, quando entrei no DAD, fiquei fascinado e devorei tudo que os gregos produziram e nos legaram. Depois, aprofundando o gênero, descobri que a tragédia, mais do que um gênero teatral formalmente definido por Aristóteles em sua Poética, é um estado de ânimo, é uma visão de mundo. É por isso que o trágico é eterno, ao longo de toda a literatura. Alguns dizem que a condição humana é trágica, porque tem consciência de sua finitude. Também penso assim. E ser trágico não é ser pessimista, talvez realista seja a palavra certa. A violência, inerente ao Homem, é o que nos torna trágicos, ainda que tentemos buscar o lado belo da vida. E o teatro, mesmo quando mostra atrocidades, é belo. A arte mostra a beleza do feio.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Anticristo


Dirigido por Lars von Trier, de quem já andei falando aqui no blog, o filme é muito impactante. Apenas Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, vivendo os pais de um menino morto, Nic. Para exorcizar o luto, vão para o "Éden", um chalé no meio de uma floresta isolada. A partir desse momento, cenas chocantes se sucedem. É díficil descrever o alcance que o filme tem, muito além de chocar pelas cenas de mutilação. É um tipo de horror além da filosofia, e muito marcado por ela, ainda assim. Provavelmente, muito acharão apenas pervertido. Mas é uma obra de arte, daquelas que fazem refletir, muito. Este ano, durante o Festival de Cannes (no qual Charlotte Gainsbourg ganhou a Palma de Ouro de Melhor Atriz), von Trier foi provocado por um repórter que, indignado após a exibição do filme, alteradamente perguntou-lhe "qual o sentido do seu filme, o que ele significa?". O diretor dinamarquês respondeu que era "o melhor diretor do mundo, mas Deus não é o melhor Deus do mundo". Não sei se ele o melhor (o que é o melhor?), mas não tenho dúvida de que é um dos mais criativos e que me me tocam com sua linguagem. Inesquecíveis os seus filmes Ondas do destino, Dançando no escuro, Europa e Dogville. E agora este maravilhoso Anticristo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Margarida em cena


Como este blog existe para divulgar não apenas os meus trabalhos e os da Cia. de Teatro ao Quadrado, mas também aqueles feitos pela Margarida com outros grupos e profissionais, publico esta foto do espetáculo Hotel Rosa-Flor, de 2006, dirigido pelo Júlio Conte, com texto da Patsy Cecato. Na peça, a Margarida interpretava a falctruesca Condessa Jane Marie. Junto com ela, na imagem, Patsy Cecato, Ju Brondani, Márcia Ohlson, Larissa Maciel e Melissa Dornelles.

Despedida e reinício


Ainda sobre o espetáculo Pão com linguiça, comédia escrita por mim e dirigida pela Margarida, onde 21 alunos-atores contavam a história de duas famílias à mercê das intempéries, após o deslizamento de um morro. A peça foi convidada para o Caxias em Cena, em setembro, e a grande surpresa foi que, segundo a organização do festival, Pão com linguiça teve o maior público e foi o espetáculo que mais moviementou a cidade, superando peças do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Argentina e Uruguai. Essa imagem foi clicada durante a apresentação em Caxias, que teve uma ovação sensacional ao final, com aplausos entusiasmadíssimos. Pão com linguiça se despediu em Caxias do Sul, mas já estamos preparando um novo espetáculo, para estrear em 15 de dezembro. Desde agosto estamos ensaiando meu novo texto, Toda forma de amor, que reúne várias histórias divididas em doze cenas, onde os 25 alunos-atores viverão as diferentes nuances que o amor pode assumir: do amor apaixonado ao amor violento. Está ficando muito bonito. Eles estão fazendo um lindo trabalho, que emocionará a muitos.